Telespectadores terão que se desacostumar com a alta quantidade de lançamentos mensais em plataformas de streaming. Após a primeira queda de assinantes na gigante Netflix, os investimentos em novas produções audiovisuais caíram. Segundo pesquisa da Ampere Analysis, o número de roteiros de filmes e séries encomendados por empresas de conteúdo audiovisual diminuiu 24% no segundo semestre do ano passado, em comparação ao fim de 2021. Produzir muitos seriados e filmes em um curto período de tempo ajudou serviços de streaming a conquistarem assinantes. No entanto, as companhias passaram a focar mais no lucro e reajustaram gastos por causa da crise.
A estratégia de anúncios adotada pelos streamings para manter a competitividade pode estar criando um efeito inverso.
Uma pesquisa da The Harris Poll aponta que os usuários estão insatisfeitos com os anúncios, mesmo com a redução de preços nas assinaturas.
Mesmo com as plataformas exibindo bem menos anúncios do que a TV tradicional, 75% dos norte-americanos reclamam do excesso de publicidade.
Um dos motivos que gera a insatisfação está no fato de que as propagandas são consideradas repetitivas e desinteressantes, já que 70% dos usuários não comprariam nada do que é anunciado.
A chave para o problema pode estar no formato e no modo como são feitas as inserções, uma vez que os anunciantes não estão respeitando as especificidades de cada canal.
A maioria dos entrevistados citou que prefere que os anúncios sejam exibidos apenas no começo de um filme ou episódio.
Outro dado que melhoraria a experiência do usuário seria colocar atores famosos estrelando as campanhas e sempre criar anúncios responsivos.
Ao que parece, os streamings têm um longo trabalho a ser feito para convencer os assinantes de que os anúncios podem ser realmente vantajosos e relevantes. Mas para isso servem os marketeiros! Quem acertar a mão vai nadar de braçada!
A Netflix é conhecida como uma das pioneiras do streaming de vídeo no mercado de massa . O serviço tornou-se tão onipresente que a palavra “Netflix” agora é sinônimo de assistir a um filme ou programa de televisão.
Mas, embora seja uma das plataformas de streaming mais reconhecidas do mundo, ela conseguiu manter sua posição dominante no setor agora que mais concorrentes entraram na briga?
Este gráfico de Truman Du mostra como o império de streaming da Disney (Disney+, Hulu e ESPN+) ganhou rapidamente assinantes e está dando à Netflix uma corrida pelo seu dinheiro.
Netflix: O Começo
Fundada em 1997, a Netflix começou como uma empresa de aluguel de DVDs por correspondência. Um dos co-fundadores, Reed Hastings, disse à revista Fortune que teve a ideia da Netflix depois que foi cobrado uma taxa de atraso de US$ 40 por um VHS que ele havia alugado.
Em 2007, a Netflix evoluiu de uma empresa de aluguel de DVD relativamente modesta para um serviço de streaming baseado em assinatura inovador. Embora existissem algumas outras plataformas de streaming na época, a Netflix tinha uma vantagem significativa de pioneirismo , operando em um modelo de assinatura e adquirindo um amplo conjunto de direitos de distribuição de diferentes estúdios.
Isso permitiu que a empresa crescesse rapidamente e se estabelecesse como líder do setor. De 2007 a 2022, a base de assinantes da Netflix cresceu de 7 milhões para 221 milhões, quase 3.000% .
Quando a Disney entrou em cena?
A Walt Disney Company se envolveu na indústria de streaming em 2009, quando ingressou no Hulu como acionista menor, mas passou a investir mais diretamente em 2016, quando comprou uma participação de 33% na BAMTECH Media, uma empresa de tecnologia de streaming de vídeo.
A Disney acabou comprando uma participação majoritária na BAMTECH Media e, em 2018, a empresa mudou de nome para Disney Streaming Services . Além de lançar Disney+ e ESPN+ , a aquisição da 21 Century Fox pela Disney deu à empresa uma participação majoritária em outras plataformas de streaming, incluindo Hulu e Star+ .
Embora a Disney tenha chegado muito mais tarde em comparação com a Netflix, não demorou muito para que as plataformas da Disney ganhassem força. E a partir do segundo trimestre de 2022, o império de streaming da Disney (Disney +, Hulu e ESPN +) tem mais assinantes combinados do que o Netflix e está ganhando em ritmo acelerado.
