A OTAN e a Rússia se encontrariam diretamente cara a cara no terreno. Temer-se-ia uma escalada, o que seria extremamente perigoso, dadas as armas nucleares detidas por ambas as entidades.

Tudo será, portanto, feito para evitar que a OTAN se veja diretamente confrontada com a Rússia na Ucrânia.
É por isso que Joe Biden há muito deixa claro que os Estados Unidos excluem qualquer intervenção militar na Ucrânia. A guerra será econômica e financeira para fazer Putin se curvar.
As sanções econômicas e financeiras tomadas pelos Estados Unidos e pela Europa contra a Rússia de Putin o enfraquecerão em vários níveis. A economia russa sofrerá um sério revés, com os oligarcas russos pressionando Putin.
O povo russo será o primeiro a sofrer no plano econômico, e não é de excluir que uma revolta popular acabe por eclodir, colocando em risco o poder de Putin. Ainda não chegamos lá, mas provavelmente é algo que o Ocidente tem em mente.
Putin pensou que tomaria a Ucrânia rapidamente, mas corre o risco de ficar atolado pela vontade exemplar dos ucranianos de resistir. Mesmo que a Rússia acabe controlando Kiev, podemos esperar uma guerra de guerrilhas que perdurará e a Rússia poderá experimentar a mesma situação vivida no Afeganistão na década de 1980.
Pode-se perguntar se a Ucrânia não se tornará o Afeganistão de Putin no médio prazo…